Um percurso original, único, divertido e... pensado pelo Tiago (El Camino de Tiago)
que arrastou todos os outros e, como se verá, mais alguns!
Nós, os transmontanos, chamamos-lhe a entrada para "O Reino Maravilhoso". E não foi uma fórmula sentida por Torga! Não!!! Apenas que Torga era um transmontano puro que sente esta terra como de facto um reino e sempre maravilhoso.
E, este vale que é a entrada pela montanha, é estreito mas de vista largas e longínquas, se nos voltarmos para o sul.
Se nos voltamos para dentro, vemos a paisagem já marcada pela modernidade, mas ainda muito intocada e rude, dura, agreste, como este Marão/Alvão neste dia de Outubro. Sol, mas frio.
Mas, estaríamos ainda a sentir as agruras deste caminho de Tiago (esta é uma piadinha para o amigo que por desgraça não é santo) quando começamos a vislumbrar esta subida imprópria para ... velhotes, carecas com verrugas.
Aqui, os engraçadinhos a rirem-se, do olhar dos "velhotes".
Subitamente, na paisagem, um intrépido caminhante... o"Caminero Valiente"! Não olha a subida... enfrenta-a apenas de olhos na terra, como os pés!
E é esta a paisagem no final da subida . DE ESPANTO!!! A Sra. da Graça, ao fundo, a mostrar os seus domínios guardiã do Alvão, no final daquela coluna magestática, qual dragão submetido à inanição!
O vento.
A esta altitude as perspectivas sucedem-se, quase idênticas, mas sempre diferentes. É a partir deste tipo de locais que geólogos recebem e dão lições, mas os Homens encontram muitas vezes O CAMINHO!
Nesta parte, o "caminero", sem se queixar, leva já os pés "a arder".
Mas o grupo é coeso e há sempre alguém preparado para tudo...
Até para bonitas paisagens.
Estradas com curvas
Estradas com árvores
Até para caminhar sobre as pedras...
Ou morrer e pedir sepultura nests montes de paisagens eternas.
Outra entrada... ou saída (dependendo da perspectiva) que atravessa o Alvão: O Alto do Velão e a estrada nacional para Mondim de Basto, acabadinha de sair das terras da Campeã.
Destino ainda por revelar. Para já o objectivo: contornar por noroeste o vale da Campeã e reencontrar as terras de Vila Cova.
O Marão ao fundo, afastou-se já.
Terra frequente de solidão!!!
Mas de comunhão e amizade!!!
Cansados, rotos, esfarrapados e de chinelos, mas contentes, ou mais contentes por já se vislumbrar o tacho.
Ora aí está a malta que nã caminha e esteve até tarde na caminha. Só as pataniscas os fizeram levantar-se e subir até à Sra. de La Salete.
E veja-se o pitéu que a Isalinda nos arranjou. Não foi andar connosco, coitadinha, a preparar este banquete.
Tudo esfomeado, a devorar o arroz de feijão.
Mais uma caminhada por terras da nossa terra. Pelo paraíso!
Não se esqueçam que detesto o novo acordo ortográfico!
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