Boas vistas

terça-feira, 9 de outubro de 2012

LINDOSO, PENEDO DO ENCANTO

... e a caminhada heróica da minha mãe!


Na aldeia de Parada do Lindoso, com belos caminhos vincados por carros de bois, de antigamente, e magníficas latadas, com as uvas maduras ainda por cortar (e desconfio que não irão ser cortadas) a fazer uma sombra agradável neste dia de calor.



Onde os carvalhos são de um verde, Gerês;



Dos muros brotam lendas antigas, capazes de fazer sussurros encantados;



E a luz, contorna as pedras aquecendo-as;


Apetece subir ao ponto mais alto e olhar a Peneda sentindo todo o seu silêncio.



Da água, abundante, apenas se pode dizer que é ela, esta mesma água, que alimenta o Minho, terra de fertilidade, nas palavras de José Mattoso.



Caminhos sólidos, marcas do tempo perpétuo.



Ou uma mão do homem, suavemente pousada sobre a natureza.



Até chegar ao local Encantado.



E ao Penedo do Encanto, com as suas inscrições quase imperceptíveis e milenares inserido num carvalhal demasiado céltico.



E a comungar com a Mãe Natureza, a heroína do dia, no seu descanso merecido.



Para regressar ao caminho encantado.



O fiel companheiro e os moços.





A caminheira mais valente!



E o caminho, de repente, transforma-se em linha de água.



A imponência do quercus.



E da Barrosã.



Dos espigueiros de Parada.



Cogumelo em Setembro.



E a porta que se fecha.
Este é um percurso sinalizado, com belíssimas paisagens. Fazê-lo com a minha mãe foi algo inédito e de valor incalculável. Ela, nos seus quase 80 anos, quase sem ver, foi magnífica companheira e caminhante. Este é o meu tributo ao seu sorriso e à sua persistencia. A foto que se segue é apenas sua, para comungar com o meu pai, que não pôde fazer este caminho, mas outros trilhará, algures!




Aos dois!!