Boas vistas

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MIGUEL TORGA


A VERDADEIRA MORTE



O domingo passou, mas nos meus olhos
Não morreu a paisagem da moldura.
Mal dos montes, das urzes e das fontes,
Se perecessem pela cercadura!

Outro tempo os preserva e acarinha
Dentro de mim.
Na fortaleza da recordação,
A duração das coisas
Não tem fim.

A desgraça completa
É se morre o poeta...

Miguel Torga, Diário V; p:184.


Qualquer transmontano sentirá a paisagem de um modo intenso, capaz de sansações absolutas, completas e imensas!... Mas poucos a fizeram transparecer e mostrar ao mundo, a todos, como o grande poeta e escritor Miguel Torga. Ao Homem e ao Transmontano, esta é a homenagem e aveneração, sempre eterna!

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