Boas vistas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

TRILHO DE JALES- PR13 (C.M. de Vila Pouca de Aguiar) Julho de 2008

Este é o décimo terceiro de 14 trilhos de pequena rota que a Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar tem para oferecer em termos de pedestrianismo, para o seu concelho. Para já, a marcação tem sido razoavelmente boa, embora haja pequenos locais em vários dos trilhos, que necessitam de maior atenção, nomeadamente a nível do corte dos matos que tomam rapidamente conta dos carreiros e caminhos.


Mas este percurso estava muito bem.
Terras de Jales, planalto a oeste de Vila Pouca, terra de mineiros, ou ex-mineiros, de riquezas nas profundezas e de superfície bem mais pobre do que as terras que rodeiam a vila, sede de concelho.


E tudo começa junto ao pelourinho de Alfarela de Jales, antiga sede de município, com uns casarões brazonados e bastante casario, a maioria de emigrantes que se enchem apenas no verão.


E sai-se em direcção a Moreira, também de Jales, porque estas são as terras do mesmo nome, antigas, anteriores aos romanos.


Conhecendo relativamente bem estas terras, a surpresa relativamente à paisagem foi bastante agradável:


Para além de caminhos preenchidos nas suas orlas com muros de pedra solta, a vegetação é relativamente abundante, variada, mas onde o castanheiro de souto predomina.


Estes muros que circundam lameiros e terras aráveis são um dos grandes patrimónios destas terras modestas...


E os caminhos, foram arranjados e asfaltados...modernidades muito recentes por estas bandas. Aqui, a estrada municipal que liga Moreia a Reboredo, percorridas pelas sombras...


Enquanto as vacas, fartas, repousam à sombra de um sol de verão intenso.


Pisagem... E a Carva ali tão perto!


Em que "bendito foi o fruto", base da alimentação do povo até ser destronada pela batata, após os "Descobrimentos".


Mas sejam também benditos os lameiros, mesmo mais secos no verão.


Porque estas terras são terras de nascentes de água. No inverno  a água escorre por tudo que é pedra e terra, lameiro ou carreiro... mas no verão tudo parece mirrar, tal a escassez deste recurso. Não nos podemos esquecer que aqui bem perto nasce o Rio Pinhão, que vai engrossando desde a Ribeira da Carva até ao Douro.


A imponência do castanheiro, verdadeiro senhor destas terras. A este a vida não lhe tem dado descanso, mas parece sempre vencer mais um ramo cada ano que passa.


Este, até às pedras irá resistir!


Contrastes

Por caminhos

de outrora
de paisagens intensas, com árvores assim, magestosas.

Até que, novemente a aldeia de Alfarela, final do percurso desse dia.

a querer merecer o descanso, mas já apensar noutra caminhada.

E este percurso circular volta a Alfarela, depois de ter passado também por Cidadelha e Campo, a terra das minas auríferas, há bastante tempo fechadas.


Sem comentários:

Enviar um comentário